o mundo a mudar. e a comunicação também
ontem foi dia de eleições.
deixemos para os políticos, analistas e comentadores, o rescaldo de um dia que nos devia envolver a todos. que nos devia mobilizar - a todos - para escolher a nossa representação. o que (ainda) não foi um facto!
ainda assim, há um elemento que destaco: estamos a mudar a forma como ouvimos, como reagimos a quem comunica também em política. estamos mais permissivos uns, mais convidativos outros, quanto a ouvir gente comum, com qualidades e defeitos. sem grandes méritos de eloquência. com eventuais falhas de voz. naturalidade nas palavras, gaguez, discursos simples e directos.
estamos mais permissivos. mais convidativos. até já votamos (os que votam) nos partidos liderados por gente comum.
e o que diz isto de nós, os eleitores, que somos também gente comum?
provamos que o mundo está a mudar. nas empresas e na forma como chegam a quem querem impressionar. na busca da maior simplicidade de argumentos e interacções, equilibrado pela sustentabilidade e pelo maior respeito do ambiente. sectores de actividade que eram históricos e que se tornaram pouco relevantes. ou pelo menos tiveram de conceder espaço a uma concorrência que não entrou pela porta principal. antes se instalou no jardim, na chaminé, bateu às janelas. e entrou!
na política também estamos a viver uma mudança, a que todos deveríamos atentar. há diferenças que atravessam as gerações ainda activas. substituiu-se a ideia de exemplo a seguir para o exemplo a sobressair, dos mais novos, daqueles que experimentaram a vida por outras vias, por outras contrariedades, por outras perspectivas. é normal que surja mais novo
, e tantas mais outras coisas que podem até chocar quem estava. afinal, os choques geracionais são feitos disto mesmo.
na comunicação não poderia deixar de acontecer o mesmo. chega de discursos infidáveis e incompreensíveis. se ainda fazem a deleita de alguns não servem outros tantos. está assim aberta a porta aos diálogos, às conversas, às trocas de ideias em bom português. em português corrente que é como quem diz um português universal que nos serve a todos (no nosso caso, claro! nos outros países será na sua expressão tendencialmente universal também).
onde nos leva o tom mais coloquial? espero, sinceramente, a uma maior participação. ao maior feedback. ou ao feedback mais participativo.
a ver...
Be Great!