Imagem em tempo de isolamento
Nestes tempos, afastados que estamos dos nossos contactos habituais, a tecnologia tem sido um dos factores críticos para mantermos a ideia de proximidade fácil que precisamos. Humanos que somos, o calor das relações, dos abraços, do dia-a-dia, faz-nos falta. Tanta falta.
Motivos pessoais ou profissionais levam-nos aos écrans – do computador ao telemóvel – para buscarmos o outro, a decisão, o riso, o dever cumprido.
Olhando para o que projectamos, chego à conclusão que não cuidamos dessa imagem que partilhamos via tecnologia, como se o écran fosse uma espécie de filtro. Pode até ser, mas não faz milagres.
Podemos apresentar-nos de forma a não parecer que caímos da cama naquele instante? Podemos apostar na objectividade quando ela é precisa? Podemos ter a voz ‘à temperatura’ certa, evitando os falsos arranques que tanto ruído inflige na linha?
Podemos, sim. E não, não é acessório. Sobretudo quando trabalhamos activamente na construção ou na consolidação da nossa marca pessoal.
Conselhos fáceis de implementar, mesmo em tempo de ‘quarentena’:
- Estabilizar écran de forma a recolher imagem ao nível do olhar. Fácil, não é? E assim evitamos as ‘imperfeições’ à vista de baixo para cima, a imagem tremelicante entre outras idiossincrasias da ‘imagem moderna’!
- Acordar a voz no duche, sempre bom pela hidratação extra. Assim evitamos o pigarrear nervoso e irritante que incomoda qualquer conversa, quanto mais uma conversa à distância de um écran!
- Decidir pontos a trabalhar, o que quero dizer aos outros, tarefas a distribuir, o que for. Sobretudo nesta altura, em que muito temos de fazer – entre tarefas de trabalho real, apoio à casa e/ou a familiares –, conviria que respeitássemos tempos, duração de conversas e reuniões.
Daqui sobra tempo para as conversas de ‘deitar fora’ que nos fazem falta, aquecem a alma e ainda nos ajudam a gerir, os nossos estados emocionais.
Acredito eu, no geral e também aqui em particular: apresentarmo-nos no nosso melhor tem impacto. A começar em nós!
Be Great!