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just say it - Guia prático para se fazer ouvir

este é um contributo para comunicar melhor e chegar a quem está do lado de lá, na audiência, seja uma cara ou duas ou imensas. para termos mais e melhores resultados. para comunicarmos e sermos recordados.

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30 de Outubro, 2019

Estamos mais próximos do estranho caso de Benjamin Button?

claudia nogueira

Nunca me canso de ver o filme O Estranho Caso de Benjamin Button. De cada vez deixo-me surpreender por uma nova perspectiva. E há várias. E nunca deixo de ficar rendida ao facto de Benjamin Button ter começado a viver de verdade lá para o meio da sua vida. Mesmo seguindo ‘ao contrário’ de todos nósJ

O que me faz pensar: serei eu assim tão diferente? Seremos nós assim tão diferentes? Nem por isso. No meu caso, parece que a minha vida ressurgiu ali ao redor dos quarenta. E parece-me que aconteceu o mesmo com outras pessoas que vou conhecendo e com quem vou trabalhando. Quando temos sorte, a vida pode acontecer de novo, de facto. E os quarenta são os novos vinte. Ou trinta, depende das preferências.

Estamos então assim tão próximos de Benjamin Button? Mais do que isso: estamos a ganhar maturidade enquanto nos (re)aproximamos do nosso melhor enquanto éramos crianças.

Recordo-me, quando em criança, de fazer o que quisesse, de pôr as mãos na massa agora, para ver acontecer JÁ, de matar a cabeça à procura de novas formas de responder aos desafios, de me deixar ir pelo cheiro o mar, pelo som do vento, pelas conversas dos adultos à minha volta. Todos os dias, essa era a certeza, seriam melhores do que os anteriores: pelas aprendizagens, pela evolução, por estar mais perto da minha melhor versão.

Até começar a ter consciência de que haveria um certo código de conduta. De funcionamento individual e em sociedade. Sem que houvesse regras claras, óbvias e com sentido, comecei – como muitos de nós – a agir perante o que poderiam ser regras. A funcionar como poderia ser o esperado. Tudo muito mais centrado na minha interpretação sobre os outros. E menos sobre mim.  

Tinha chegado, oficialmente, à era da dúvida. Da incerteza e da insegurança. Eu e mais uns milhões mundo fora. Uns mais cedo, outros ao mesmo tempo e outros a caminho de.

Depois de reconhecer o caos, estava na hora de voltar atrás. Como o Benjamin Button, estava na hora de ir a caminho da fase ‘criança’, livre e cheia de vontade de evoluir. E uma vez mais, não estava sózinha no caminhoJ

Regressar aos tempos de criança não significa regredir. Perdermo-nos no passado que já lá vai. É antes recuperar o que já sabíamos fazer na altura, com desprendimento, com coragem e com desenvolvimento. É voltar a fluir.

É, no caso de quem quer recuperar o domínio de comunicar, reencontrar o carisma, a assertividade, a frontalidade, o humor, o que for a nossa melhor característica. E avançar mais forte!

Voltei a pensar no Benjamin Button. Na sua linha de vida ao contrário. Aparentemente no sentido inverso. O mesmo que nos acontece (ou pode acontecer, se tivermos essa sorte) a nós, que avançamos nas segundas oportunidades. E nas terceiras, já agoraJ Mas não será só isso. Button é o exercício da coragem. Da coragem de mudar e mudar e mudar. Porque precisa de aprender a andar enquanto ainda lhe dói a curvatura da velhice, e depois para ir à descoberta do mundo, da guerra, do amor, da família e de qualquer outra coisa. Ele ia, simplesmente. Como nos podemos ir, avançar com coragem para algo que é nosso. Está cá dentro. Assim haja coragem!

Be Great!

Bejamin_Button.jpg

 

07 de Outubro, 2019

o mundo a mudar. e a comunicação também

claudia nogueira

ontem foi dia de eleições. 

deixemos para os políticos, analistas e comentadores, o rescaldo de um dia que nos devia envolver a todos. que nos devia mobilizar - a todos - para escolher a nossa representação. o que (ainda) não foi um facto!

ainda assim, há um elemento que destaco: estamos a mudar a forma como ouvimos, como reagimos a quem comunica também em política. estamos mais permissivos uns, mais convidativos outros, quanto a ouvir gente comum, com qualidades e defeitos. sem grandes méritos de eloquência. com eventuais falhas de voz. naturalidade nas palavras, gaguez, discursos simples e directos.

estamos mais permissivos. mais convidativos. até já votamos (os que votam) nos partidos liderados por gente comum. 

e o que diz isto de nós, os eleitores, que somos também gente comum?

provamos que o mundo está a mudar. nas empresas e na forma como chegam a quem querem impressionar. na busca da maior simplicidade de argumentos e interacções, equilibrado pela sustentabilidade e pelo maior respeito do ambiente. sectores de actividade que eram históricos e que se tornaram pouco relevantes. ou pelo menos tiveram de conceder espaço a uma concorrência que não entrou pela porta principal. antes se instalou no jardim, na chaminé, bateu às janelas. e entrou!

na política também estamos a viver uma mudança, a que todos deveríamos atentar. há diferenças que atravessam as gerações ainda activas. substituiu-se a ideia de exemplo a seguir para o exemplo a sobressair, dos mais novos, daqueles que experimentaram a vida por outras vias, por outras contrariedades, por outras perspectivas. é normal que surja mais novo

company-culture.jpg

 

, e tantas mais outras coisas que podem até chocar quem estava. afinal, os choques geracionais são feitos disto mesmo.    

na comunicação não poderia deixar de acontecer o mesmo. chega de discursos infidáveis e incompreensíveis. se ainda fazem a deleita de alguns não servem outros tantos. está assim aberta a porta aos diálogos, às conversas, às trocas de ideias em bom português. em português corrente que é como quem diz um português universal que nos serve a todos (no nosso caso, claro! nos outros países será na sua expressão tendencialmente universal também). 

onde nos leva o tom mais coloquial? espero, sinceramente, a uma maior participação. ao maior feedback. ou ao feedback mais participativo. 

a ver...

Be Great!