um cliente pediu-me para lhe escrever um discurso. posso fazê-lo por ele? claro que sim.
sobretudo se estivermos ambos conscientes de que tem de haver alguma dedicação extra (da parte do meu cliente) para que as palavras sejam dele (e não minhas).
será sempre uma questão de congruência. discursar com palavras que não me são naturais, ou num tom que não é o meu, será sempre desajustado. e, sabemos já, a boa comunicação 'espelha' o seu autor.
contudo, aqui colocava-se até uma outra questão: um discurso é algo formal, que deve ser aplicado em momentos igualmente formais. no caso, a situação era relativamente informal. quase familiar.
percebi-o, então. o discurso servia para acalmar o 'nervo' interior.
com uma folha nas mãos, umas palavras ecritas para onde baixar os olhos, passaria pelos pingos da chuva. eventualmente ninguém perceberia que estava nervoso. e, o mais importante, não correria o risco de se esquecer de nenhuma palavra.
não gosto que os meus clientes corram riscos por nada. mas também não gosto que se escondam. atrás dos 'arbustos' que possam querer criar.
por isso, em vez do discurso, construímos um guião. um caminho ou um percurso de ideias. que pusemos em prática, claro. para que sentisse as suas ideias. para que testasse palavras. exemplos. para que se lançasse no jogo da conquista da sua audiência.
no final, houve uma sensação de pleno. de ter conseguido chegar onde queria.
não houve falta de palavras a apontar. não houve esquecimentos. antes uma lógica, que o deixou descansado.o suficiente para se juntar, depois, aos convidados e à festa.
Plus. Be, Great.
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